Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Muellera grazielae (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados: SANTA CATARINA, município de Florianópolis (Klein 8537), Itajaí (Reitz 5136), Laguna (Verdi 3366), Penha (Zimmer s.n.), Porto Belo (Nuemberg 1004), São João Batista (Sinval-Santos 3337).
Árvore de até 15 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Restinga, Floresta Ombrófila e Manguezal associadas a Mata Atlântica no estado de Santa Catarina. Apresenta distribuição restrita, EOO=4193 km², quatro situações de ameaça e ocorrência em fitofisionomias severamente fragmentadas. Estima-se que restem atualmente cerca de 15% da vegetação original da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Sabe-se que grande parte dos ecossistemas florestais catarinenses encontram-se reduzidos e fragmentados como resultado de atividades antrópicas realizadas no passado e atualmente, restando somente 28.8% de remanescentes florestais originais no estado (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Adcionalmente, os municípios em que ocorre sofreram reduções florestais estimadas entre 39% e 77% de sua cobertura vegetacional original (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica catarinense (Lapig, 2018; SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Adcionalmente, a espécie não encontra-se protegida dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral. Assim, foi considerada Em Perigo (EN) de extinção. Infere-se declínio contínuo em EOO, AOO e na qualidade e extensão de seu habitat original. Recomenda-se ações de pesquisa (busca por novas subpopulações, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) Ação) urgentes a fim de se garantir a perpetuação da espécie no futuro.
Descrita em: Brittonia 60(4): 319. 208, como Lonchocarpus grazielae.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
A espécie foi registrada na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (US) e na Área de Proteção Ambiental Ponta do Araçá (US), |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |